domingo, 25 de março de 2012

Cap. 2 - QUEM É MEU DEUS?

E então eu fui forçado a tentar explicar que estivera lendo o Novo Testamento e que não o compreendera muito bem. 
_ Naturalmente que você não o entende - disse ele -. Ele foi escrito a dois mil anos. E naturalmente não faz sentido nos dias de hoje.
Logo que pude pedir licença, me retirei e voltei para o meu quarto. Tudo estava errado. Apanhei a Bíblia, mas as palavras dançavam em volta da página. O meu rosto estava queimando.
Certamente que em algum lugar haveria alguém que me poderia ajudar. O apóstolo João encontrara-se com Jesus e desde então nunca mais fora a mesma pessoa. Todos os Evangelhos contavam a respeito de pessoas que foram mudadas por Jesus. Eu ansiava por essa mudança, também. Mas julgava que o meu Deus não se preocupava comigo o suficiente para fazer alguma coisa.
"Afinal de contas, quem é o meu Deus? Onde está Ele?" disse para mim mesmo.
Talvez se continuar lendo, possa encontrar a resposta, pensei.
E então me deparei com um versículo que me chocou, que fez com que sentisse a eletricidade tilintar dentro do meu corpo.
Sentei-me e o li novamente: "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido." Eu sabia a respeito da justiça de Deus de que ele me julgaria sob o ponto de vista das minhas impurezas - mas aqui estava um versículo dizendo que Jesus tinha vindo salvar o perdido. Eu sabia, imediatamente, de quem ele estava falando. Eu. Mas como é que Jesus iria me salvar? E de quê? Porventura iria ele fazer algum milagre?
Um versículo que eu era em Romanos começou a ter sentido: "Se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." E salvo era o oposto de perdido.
Isso é tudo? pensei. Somente crer? Eu não teria que fazer alguma coisa muito grande? não deveria viver uma vida perfeita? Essa fora a idéia que minha igreja me dera.
Pensei a respeito das coisas de que não gostava em mim mesmo. O meu gênio. Os maus pensamentos que às vezes surgiam em minha mente. Jesus poderia mudar essas coisas? 
Talvez. Ele fora capaz de transformar a água em vinho dois mil anos atrás. Mas o que isso poderia provar com  Bruce Olson? Pensei acerca daquelas pessoas, nos Evangelhos, que foram transformadas por Jesus. Mas o que é que elas tinham a ver comigo?
As horas passaram. Parece que não havia nenhuma solução para as minhas perguntas. 
Senti-me atraído a falar com Cristo. Deitei-me de bruços e conversei com Jesus. Foi uma conversa muito simples, mas  a primeira que realmente tive com ele.
"Oh Jesus", disse eu, "li como as pessoas que estavam em volta de ti foram transformadas. Agora eu desejo ser transformado. Quero paz e satisfação como Paulo, João e Tiago, e os outros discípulos. Quero ser libertado de todos os meus temores e ..."
Naquele instante sei uma Presença em meu quarto, como uma quietude. Eu era, ao mesmo tempo, pequeno e calmo, enorme e suspenso, cobrindo tudo.
"Senhor, estou sendo amedrontado por ti, tu sabes que eu até não gosto de mim mesmo. Tudo está tão atrapalhado por aqui. E também confuso comigo mesmo. Mas por favor, Deus, quero ser transformado. Eu mesmo não posso fazê-lo. E não compreendo como é que tu podes fazer alguma coisa dentro de mim. Mas, Jesus, se tu pudeste mudar todas aquelas pessoas que a Bíblia cita, acredito que podes mudar-me também. Por favor, Jesus, faze com que eu te conheça. Faze-me nova criatura.
E então eu sabia que estava sendo salvo. Senti-me como um miserável, alquebrado, e saturado de mim mesmo. Mas, ao mesmo tempo, sentia que uma paz me invadia. Não era algo passivo, sem vida. Tampouco uma espécie de silêncio acabando com a guerra que havia dentro de mim. Era algo bem vivo, e aquilo me estava dando vida. Sentia que ia acabar gostando de mim mesmo. E sentia que não desejava  que aquela paz acabasse, aquela quietude se afastasse.
Fiquei ali deitado em minha cama, sentindo-me preplexo, estarrecido até mesmo para me mover ou até mesmo para pensar. Continuei a conversar com Jesus sabendo que ele estava ali. Jesus era o meu Deus, o meu Deus pessoal. Eu acabara de conversar com Ele.

domingo, 18 de março de 2012

Cap. 2 - QUEM É MEU DEUS? (Cont.)

Lembrei-me de minha classe da Escola Dominical. Conhecia cada um dos alunos. Eu frequentava a igreja com todos eles, toda a minha vida. Eles nunca haviam mudado. Nenhum de nós jamais se transformara.
Sempre houvera muita conversa a respeito de transformação. O ministro nos dissera: "Vocês precisam mudar porque Deus vai amaldiçoar a terra e os seus pecadores. Vocês precisam ser santos, assim como Deus é santo. Isso é o que ele exige de vocês. Tendo pouco de sua perfeição, significa ter pouco de sua eternidade.
E essa maldição me amedrontava. Ás vezes, aos sábados, Kent ia à minha casa e conversávamos a respeito de histórias de terror e de filmes que havíamos visto. Tentávamos nos amedrontar mutuamente, e ríamos e dávamos risadinhas e escondíamos a cabeça embaixo dos travesseiros. Tínhamos prazer em amedrontar-nos. Mais cedo ou mais tarde, estávamos conversando a respeito do julgamento de Deus, sobre o fogo eterno e o céu sendo enrolado como um rolo. E então ficávamos bem quietos. Sabíamos que não era invenção de um diretor de cinema, ou de um escritor. Era algo verdadeiro. Esse fim viria.
Mamãe estava preparando o jantar lá na cozinha, quando cheguei em casa. Fui para o meu quarto e guardei os livros. Então tirei outros livros e os coloquei em minha cama. Tinha uma Bíblia em inglês, um Novo Testamento em grego, e alguns livros que me ajudavam a compreender grego.
Estiquei o corpo magricela na cama. Meus pés projetavam-se sobre os pés da cama. Meus livros formavam um círculo ao meu redor. Isso era o mais próximo do que se poderia chamar de um lar. Eu me sentia confortável no meio deles.
Li até ao entardecer. Minha mãe me chamou para jantar; desci para o círculo silencioso de minha família, ainda pensando sobre aquilo que acabara de ler.
Meu pai observara que eu não proferira palavra alguma.
_ Por que você não contribui com alguma coisa para o bem do resto da família? - perguntou ele. Ele falara com grande precisão.
_ Eu estava pensando a respeito de outra coisa, pai - disse eu.
_ E sobre o que estava pensando?
Olhei para minha mãe meio desamparado. Não desejava ser obrigado a falar.
_ Bruce - disse meu pai _ não olhe para sua mãe _. Sou eu quem está falando com você.
                                                                                                                              (Continua...)

sábado, 17 de março de 2012

Capítulo 2 - QUEM É MEU DEUS?

"Quem é meu Deus?" perguntei. Eu tinha catorze anos. "Quem é Ele?" Não havia ninguém para responder. Do outro lado do pátio do ginásio eu podia ouvir os ruídos surdos e os apitos dos que treinavam futebol. Pela centésima vez desejaram que eu fosse bastante forte nos esportes, a fim de ser convidado a jogar.
Porém, havia algo mais além dos esportes em minha mente... algo que me preocupava havia vários dias.
"Quem é meu Deus?" perguntei a mim mesmo, novamente. Há um Deus luterano, de quem nós falamos na igreja. Há o Deus de todas as igrejas cristãs, a respeito de quem nós estudamos na escola. Há o Deus do qual eu tenho lido na Bíblia. Porém qual deles é o meu Deus?"
Não recebi resposta alguma dos céus gelados de Minessota. Eu me dirigi para a casa.
Parece que ninguém sabia a resposta. No domingo anterior me enchera de coragem e perguntara ao meu professor. Ele sorrira, um sorriso muito grande e esquelético. _ Você não fez a sua profissão de fé?
Eu sabia tudo a respeito de como preparar-se para a profissão. Enquanto estudava para fazê-la, aprendera teologia. Mas eu queria conhecer Deus.
O meu pai gostaria que não pensasse mais naquilo. Eu não lhe perguntara pois sabia o que diria. Ele olharia para mim, com os seus olhos azuis cristalinos, e me diria que estava desperdiçando o seu tempo e o meu.
Talvez eu estivesse. Parece que não havia outro Deus qualquer senão o Deus feroz dos luteranos; eu sentia medo só em pensar nesse Deus.
Porque é que eu nasci? Eu sou tão alto e magro... tão míope... muito acanhado. Eu nem posso jogar futebol. Quando eles me passam a bola, e ela me atinge, todos riem de mim.
Por que é que eu tomava tudo isso tão seriamente? Era apenas um jogo. Quando eu chegar em casa, pensei, pegarei os meus livros. Então todos esses problemas serão esquecidos.
Eu gostava de arrumar os meus livros sobre a minha cama, colocando-os ao meu redor, de acordo com o idioma. Nas últimas duas noites estivera estudando grego, lendo a minha Bíblia. Eu possuía uma grande Bíblia de couro, lindamente encadernada, e muito bem impressa; eu gostava  de folheá-la. Havia vários anos eu vinha lendo a Bíblia, especialmente o Antigo Testamento. Agora que estava aprendendo grego, era muito interessante aprofundar-me no Novo Testamento.
Porém, por enquanto, o Antigo Testamento era o meu favorito. Estava encantado com as histórias, fascinado pelas batalhas. Às vezes, aos domingos à tarde, eu lia muitos capítulos seguidos.
O Novo Testamento parecia diferente. Durante duas noites eu estivera lendo o livro de João. Estava confuso com ele. Jesus não se parecia em nada com aquele que me fora descrito. Ou será que eu teria confundido Jesus com o Deus que eu temia? Por toda parte por onde Jesus andava, as pessoas eram mudadas por Ele - e sempre para melhor.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Cap. 1 - UM LAR NAS SELVAS (cont.)

_ Bobby - disse eu _, você agora é o líder de seu povo. É uma grande responsabilidade.
Ele sacudiu os ombros. _ Bem, não sou realmente. Há muitos outros homens capazes de tomar o meu lugar. E além disso, Bruchko, Jesus Cristo anda em nossos caminhos. Ele conhece os nossos caminhos e sabe quais as coisas de que precisamos. Enquanto nós não o enganarmos novamente, Ele será o nosso verdadeiro guia.
Concordei, sacudindo a cabeça afirmativamente.
_ Bruchko - disse Bobby _, você precisa ver as escolas. Elas estão superlotadas. A maior parte dos alunos já leu os livros que nós traduzimos e estão pedindo mais. Especialmente mais do Novo Testamento. conversam sobre as coisas que estão aprendendo como se estivessem discutindo uma caçada. Os mais velhos também. Precisamos nos pôr a trabalhar e traduzir mais para eles, senão não nos deixarão em paz.
A idéia de de ter mais traduções a fazer deixou-me bastante alegre. Uma coisa é certa, eu aprendera muita coisa sobre a Bíblia, fazendo esse trabalho. Lembrei-me da palavra Fé em motilone, a palavra que significava "atado a Deus", justamente como um motilone atava a sua rede nos caibros mais altos de seu lar coletivo. "Atados a" Jesus, podíamos descansar, dormir, e cantar bem acima do solo, sem temor de cair.
Estou tão feliz de estar de volta com você Bobby - disse eu -. Senti muita falta de você todo esse tempo que estive fora. Creio que simplesmente estou "atado aos motilones".
_ E nós estamos atados a você, Bruchko.
Olhei novamente para Bobby, que estava pilotando o barco e sorri. Como era estranho que estivesse nesse local, e que sentisse da maneira como me sentia, a respeito desse povo. Fora Deus que me trouxera até ali. Nunca teria chegado por mim mesmo. E mesmo que tivesse desejado, nunca teria alcançado e vencido todos os problemas, aguentado a  solidão e os perigos. Realmente, eu mesmo nunca teria deixado o meu lar em Minneapolis, se não tivesse tido sua Presença poderosa e determinante dentro de mim.
Mais tarde, pensei naquelas palavras, "Por esta cruz eu te matarei". Elas eram ameaçadoras, geladas. Eram simplesmente uma praga ou uma maldição, uma ameaça, ou elas significavam muito mais? Eram proféticas de algo que a cruz ainda faria por nós?
Fora pela cruz que eu amara os motilones e como recompensa era amado por eles. Mas era também pela cruz que eu haveria de morrer? Era também pela cruz que Bobby haveria de morrer?

quinta-feira, 15 de março de 2012

Cap. 1 - UM LAR NAS SELVAS (cont.)

Eu estava tremendo. _ Bobby, ele o fará. Ele vai matar você. Eu sinto que ele está falando a verdade.
_ Você está certo, Bruchko.
_ E o que é que poderemos fazer a esse esse respeito?
Ayaboquina, Bobby e eu pensamos em algumas precauções de segurança.
Mas Bruchko - disse Bobby - , não há nenhuma segurança perfeita nessas medidas. Somente Deus é que nos pode ajudar.
E então, nós três curvamos as nossas cabeças e juntos falamos com Deus. Enquanto fazíamos, o meu temor foi substituído pela alegria _ que me invadira quando pela primeira vez vira Bobby naquela manhã. Ela se espalhara pela minha alma, indo até o meu estômago. No entanto, não era a mesma alegria. Era muito mais profunda, como se a dor e o perigo e o temor tivessem sido injetados nela, tornando-a muito mais profunda e sensível.
Quanta coisa havia acontecido naquelas poucas horas desde que meu avião sobrevoara a cidade de Rio de Ouro, para poder aterrizar.
Lembrei-me, então, que justamente a dez anos antes, não havia casa alguma, senão árvores frondosas, bloqueando o sol, e a folhagem densa sob elas. Talvez um papagaio tivesse gritado comigo. Agora, no mesmo lugar, havia uma pequena cidade.
Um jato de alegria se apoderou de mim, não por causa da cidade, mas porque estava voltando dos Estados Unidos e logo estaria junto com Bobby, o meu irmão de pacto. Grudei os olhos à janela, tentando ver adiante do avião, e as minhas emoções cresciam de meu estômago para as minhas costas, num arrepio.
À medida que o velho e gasto DC-3 perdia altura, as árvores estavam tão perto do corpo do avião que davam a impressão de que certamente as rodas as tocariam. Mas, repentinamente houve uma abertura na folhagem, e estávamos sobre uma clareira - uma longa pista estreita, cortada nas selvas.
Enquanto éramos levados até o fim da pista, os meus olhos buscaram a Bobby entre as pessoas que estavam ali. Não podia vê-lo. Mas, ao descer a rampa, eu o vi, um pouco afastado; o seu rosto era mais escuro do que  o das outras pessoas que estavam aguardando a chegada do avião, mas mesmo assim, lá da rampa, podia ver os seus dentes brancos cintilando. Era um sorriso que dizia: "Você voltou novamente, Bruchko, e como isso é bom." Ele nunca usava o meu nome norte americano, Bruce.
Bobby conversou sobre a sua família. Ele estava tão feliz quanto eu podia me lembrar de vê-lo assim. Os seus olhos escuros estavam brilhando. Eu me preocupara com ele depois que sua filha falecera, porque durante algumas semanas ficara amuado, não se comunicando. agora, parecia que não podia parar de sorrir.
Depois de apanharmos a bagagem, decidimos comer algo. Eu não comera coisa alguma no avião, e Bobby riu da maneira como me fartava das guloseimas colombianas.
_ Você terá um estômago bem cheio daqui em diante, Bruchko - disse ele.
Eu sabia o que ele queria dizer... Porque, para um motilone, ter um estômago repleto, quer dizer que não iria querer mais alimento. Significa contentamento, satisfação com a vida, alegria. Ele expressara muito bem a maneira como me sentia.
(Continua...)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Capítulo 1 - UM LAR NAS SELVAS

Bobby e eu encontramos Ayaboquina, um chefe índio dos motilones, sozinho lá na clareira nas selvas, no topo do penhasco. Enquanto conversávamos com Ayaboquina a respeito do progresso que os índios estavam fazendo, ouvimos o barulho de um barco a motor no rio, logo abaixo. Estava muito junto à margem para que pudéssemos vê-lo, mas pudemos ouvir quando ancorou.
_ Boa tarde - disse asperamente em espanhol.
Estava sem fôlego e esperou impacientemente enquanto eu continuava conversando com Ayaboquina. Vi, pelo rabo dos olhos, que era Humberto Abril, um dos foragidos que se haviam estabelecido naquela área. Eu sabia que ele tinha um mau gênio e que havia ameaçado os motilones. Agora, obviamente, estava enfurecido.
Quando terminei a minha conversa com Ayaboquina, repondi: _ Boa tarde, Humberto.
Ele suava profusamente, e gotas enormes de suor caíam de seu rosto encovado, o qual estava contorcido de tal forma que me deixava apreensivo.
_ Eu vim aqui para dizer-lhes que saiam dessa terra - disse ele. _ Esta terra é minha. Eu sou um colono colombiano. Tenho o direito de exigir terra para colonizar, e estou exigindo estas terras. Vocês podem sair!
Falava comigo, mas Bobby interrompeu.
_ Eu tenho algo a dizer _ Ele falava lenta e calmamente, porém com grande ênfase. _ Esta terra é nossa. Sempre foi nossa terra. E sempre será a nossa terra. Nós já cedemos uma parte de nossas terras a você, de acordo com a sua exigência, e o que foi que você fez? Você as vendeu, e agora está exigindo mais ainda. Mas nós não daremos mais nada. Nós protegeremos aquilo que é nosso.
Humberto pegou Bobby pelos ombros e gritou:
_ Estas são minhas terras. Elas são minhas. Todo mundo pode sair delas _. Depois, então, soltou Bobby e ficou ali tremendo.
O medo começou a percorrer-me a espinha, como gelo. Mas Bobby estava seguro de si mesmo.
_ Você se engana. Estas terras não lhe pertencem. Elas não lhe pertencerão _ disse ele calmamente.
_ Cale a boca! _ gritou Humberto. _ Cale a boca, índio sujo. Cale a boca!
_ Por Deus  - disse ele, beijando nos dedos e cuspindo no chão. _ Por todos os santos - e cuspiu novamente, balançando a cabeça tão violentamente, que mais parecia um espasmo do que um movimento consciente. _ Em nome da Virgem Mãe _. Pela terceira vez ele cuspiu. _ E  por essa cruz _. Ele tornou a cuspir, e então, olhando diretamente para nós, levou o seu polegar e indicador à boca e os beijou. A sua voz se tornou gutural: _ Eu te matarei!
E então Ele gritou: _ "Juro por esta cruz que eu te matarei!"

(Continua...)

sábado, 28 de janeiro de 2012

Livro: "Por esta Cruz te matarei"

Esses dias vi um comentário a respeito desse livro e resolvi pesquisar - ao ler o título fiquei muito curiosa e quando soube que era a respeito de missões meu interesse aumentou. 
Livros que falam a respeito de como o Evangelho é recebido por povos que nunca o ouviram antes me atraem.
Pois bem, o livro fala a respeito de Bruce Oslon e sua vida dedicada ao serviço missionário com os índios motilones que viviam na América do Sul.
Duas coisas me chamaram a atenção na leitura desse livro, primeiro, é como o Evangelho é poderoso, como Deus ama cada ser humano de maneira incondicional, ama o jeito deles, a vida deles, Deus se encaixa aos nossos padrões para nos levar aos padrões Dele - e segundo, como a dedicação de um homem de apenas 19 anos e mesmo com sua saúde debilitada, resolveu de todo seu coração levar Jesus Cristo puro e simples- sem interferência de culturas, a um povo que desconhecia  palavras como Graça, Fé e Esperança.
É um livro pequeno -  (10.5x18cm) com 208 págs. valor R$ 13,00. Editora Vida -  que recomendo a todos que amam a Jesus e são apaixonados pelo Evangelho sem mistura.

"O que acontece quando um jovem de dezenove anos sai de sua casa contra a vontade dos pais e vai trabalhar com uma tribo de índios selvagens? Que resultado esperar do sonho de um jovem que deseja acima de tudo servir ao Senhor? De que modo o amor de Deus e o Evangelho podem transformar vidas e, ao mesmo tempo, preservar a cultura de um povo primitivo?"
Neste clássico da literatura missionário, Bruce Olson responde a essas e a muitas outras perguntas sobre o desafio missionário entre os índios e povos primitivos. Este livro é um clássico que todo cristão precisa ler e divulgar, a fim de que a obra missionária seja  impulsionada ainda mais na igreja brasileira.

"Bruce não se impressiona consigo mesmo. E tampouco se preocupa com o que os outros pensam a seu respeito e de seu trabalho. Os seus esforços difíceis nem sempre são possíveis de serem vividos, e Bruce já irritou bem mais do que umas poucas pessoas. Consequentemente, várias vezes foi rejeitado pelos homens. Porém não foi rejeitado por Deus. Essa é a fonte de sua força. Todos nós podemos aprender com ele."
Relatarei aqui seus capítulos resumidamente. 
Boa leitura a todos!!!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Salmos 103

Aqui estou...um pouco atrasada mas cheguei!
Esses dias tem sido bastante conturbados para mim; na minha casa não tem uma folha sequer no lugar- mudança é algo que incomoda bastante principalmente quando se está só...mas vamos lá não é para lamentações que estou aqui.
Escolhi um Salmo para compartilhar com vocês, um Salmo precioso demais e escrevo-o ao som da linda canção  "Essência da Adoração" - David Quilan. Que canção gloriosa!!!
Salmo de Davi
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo que há em mim bendiga o seu santo nome.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios.
Ele é o que perdoa todas as suas ininquidades, que sara todas as tuas enfermidades,
Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia, 
Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.
O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos.
Fez conhecidos os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel.
Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e longo em benignidade.
Não reprovará perpetuamente, nem para sempre reterá a sua ira.
Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniquidades.
Pois assim como o seu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.
Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.
Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.
Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim florece.
Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido.
Mas a misericórdia do Senhor é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;
Sobre aqueles que guardam a sua aliança, e sobre os que se lembram dos seus mandamentos para os cumprir.
O Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.
Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais o seu beneplácito.
Bendizei ao Senhor, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio; bendize, ó minha alma, ao Senhor.
Que palavras maravilhosas para se dizer a nossa alma!!!Quantas vezes nos vemos na necessidade de dizer a nossa alma para bendizer ao seu Criador, a lembrá-la que é Ele que a limpa de todas as suas mazelas, sara suas feridas, suas dores que na maioria das vezes são invisíveis aos outros, e renova suas forças lhe dando forças para prosseguir olhando firmemente para Cristo - o Autor e Consumador de nossa fé!
Que este Salmo esteja arraigado em nossa alma pois bendizendo ao Senhor ela é liberta de todos os seus males.
Até mais...


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Bíblia - O Livro Perfeito!!! (Parte Final)

Concluindo o post de ontem...
Confesso que sempre que vou escrever, penso no que meu esposo me disse depois do primeiro post que coloquei. Perguntei como ficou e ele disse: - só não o deixe muito extenso porque senão as pessoas não vão ler, rsrsr...tive quer rir né, falei pra ele que amo que as pessoas leiam e façam comentários, mas não é por isso que tenho um blog, meu intuito é escrever, e escrever, e escrever...amo escrever, amo as palavras e falar de JESUS é bálsamo para mim, fico fascinada quando leio a Bíblia e encontro coisas ali que me dispertam e penso: como não vi isso antes? Com certeza a Bíblia é viva e atualíssima!!!

Enfim... vamos ao que interessa!
Cristo, o centro, o coração da Bíblia, sendo ainda o ponto focal da história, também está no centro, no âmago de nossa vida. Nosso destino eterno está em suas mãos. A aceitação ou a rejeição dele como Senhor e Salvador determina, para cada um de nós, a glória ou a ruína eterna - o céu ou o inferno, ou um, ou outro.
A decisão mais importante que alguém pode ser chamado a tomar é a de resolver, em seu coração, de uma vez por todas, a questão da sua atitude para com Cristo.
Disso dependem todas as coisas.
É maravilhoso ser crente, o mais elevado privilégio da raça humana. O Criador de todas as coisas quer relacionar-se com cada um de nós! Aceitar a Cristo como Salvador, Senhor e Mestre, esforçar-se com sinceridade consagração por segui-Lo no modo de vida que ele ensinou, é sem sombra de dúvida a maneira mais razoável e satisfatória de viver. Dele resulta a paz, tranquilidade de espírito, contentamento, felicidade, esperança, vida abundante e sem fim.
Como alguém pode ser tão cego e insensato a ponto de prosseguir pela vida afora e ver a morte face a face, sem a esperança cristã? À parte de Cristo, o que existe e o que poderia existir para a vida valer a pena - seja neste mundo, seja no mundo do porvir? Todos teremos que morrer. Para que fugir do assutno com risos de zombaria, ou tentar negá-lo? O que parece claro é que todo ser humano deveria querer receber a Cristo de braços abertos e considerar que levar o nome de cristão é o mais glorioso privilégio de sua vida.
Em última análise, a coisa mais maravilhosa da vida é ter consciência, no mais profundo íntimo da alma, de que vivemos para Cristo. E, por mais débeis que sejam nossos esforços, labutamos em nossas tarefas do dia-a-dia na esperança de fazer alguma coisa para depositar como oferta aos seus pés, em gratidão e humilde adoração, quando nos encontrarmos com Ele face a face.
Fim.

"Teus são os céus, e tua é a terra; o mundo e a tua plenitude Tu os fundaste". (Sl 89:11)


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Bíbia - O Livro Perfeito (Parte 2)

Custei mais cheguei!!!
Depois de um dia bastante cansativo, com tantas coisas para tirar e colocar no lugar - mudança é algo que requer muita disposição, enfim, só agora nos últimos minutinhos do dia vou conseguir atualizar meu blog! 
Quero terminar o assunto que comecei falando ontem, a Bíblia - hoje escrevo sobre a 2ª convicção que devemos ter ao ler a Bíblia:
Cristo é o coração, o centro da Bíblia
Jesus Cristo (o Messias) teve a vida mais memorável e bela que já se conheceu. Nasceu de uma virgem e viveu sem pecar. Na condição de homem, foi o mais bondoso, terno, meio, paciente e compassivo que já existiu. Operava milagres maravilhosos para alimentar os famintos. Ao aliviar os que sofriam, esquecia-se de alimentar a si mesmo. Multidões cansadas, acossadas pelas dores e angustiadas vinham a Ele e recebiam cura e alívio. A respeito dEle, e de nenhum outro, foi dito que, se todas as obras de bondade por Ele praticadas fossem registradas, o mundo inteiro não poderia conter todos os livros resultantes.
Em seguida, Jesus morreu na cruz para tirar o pecado do mundo e se tornar o Redentor e Salvador da humanidade.
Ele ressuscitou dentre os mortos e agora vive - não meramente como personalidade histórica, mas também como pessoa viva. Esse é o fato mais importante da história e a força mais vital no mundo hoje.
Toda Bíblia concentra-se nessa bela história de Cristo e na promessa da vida eterna feita aos que o aceitarem. A Bíblia foi escrita tão-somente para que as pessoas creiam em Cristo, o entendam, conheçam, amem e o sigam.
continua...
"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13:8)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Bíblia - O Livro Perfeito!!!

Hoje começo oficialmente a escrever sobre os livros que leio e o primeiro a ser comentando será a Bíblia pois Ela é a fonte de todos os outros e o único perfeito.
Quero começar expondo 2 convicções fundamentais sobre a Bíblia:

  1. A Bíblia é a Palavra de Deus
  2. Cristo é o coração, o centro da Bíblia

A Bíblia é a Palavra de Deus

Cremos que a Bíblia não é um relato do homem sobre seus esforços para encontrar Deus - como muitos afirmam ser, mas sim a narrativa do esforço de Deus para revelar-se à humanidade.
A Bíblia é a vontade revelada do Criador de toda a humanidade transmitida às suas criaturas pelo próprio Criador para lhes servir de instrução e direção nos caminhos da vida. E até ao fim dos tempos a Bíblia permanecerá sendo a única e exclusiva resposta às indagações da humanidade na busca por Deus.
  • Todos devem amar a Bíblia
  • Todos devem ser leitores assíduos da Bíblia
  • Todos devem esforçar-se por viver segundo os ensinamentos da Bíblia 
  • A Bíblia deve ocupar o lugar central na vida e nos trabalhos de toda igreja e de todo púlpito
A tarefa exclusiva do púlpito é ensinar com clareza a Palavra de Deus, expressando na linguagem de hoje as verdades que na Bíblia estão expressas em formas antigas de pensamento e linguagem.
                                                                                                                              (continua...)

"Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, aos que creem". (I Ts 2:13)
(Fonte: Manual Bíblico de Halley)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Phenomenon - Rita Springer (traduzido)


Olá a todos!!!
A princípio escreverei sobre livros que leio, porém algumas canções serão postadas aqui pois acredito que são verdadeiras cartas de amor!
Essa canção Phenomenon é uma delas! Ela nos diz a respeito de como nos achegamos a Deus e o que buscamos em Sua Presença. Particularmente, eu de identifico muito com ela, pois não vim aqui atrás de um fenômeno ou uma experiência de êxtase eu, simplesmente vim aos pés do Deus que sirvo - Aquele a quem amo!
Eu não vim para ver trovoadas e chuvas e muito menos apresentações de grupos de louvor mas vim para entrar na corte superior do Rei o único a quem louvo. Quero encontrar o caminho para às Suas recâmaras e estar em Sua Presença.
Dependo eternamente de Sua misericórdia e favor!!!
Não estou aqui buscando um milagre, para ver o morto que se levantou - Sim eu creio no poder sobrenatural - mas esta não é a razão pra que fui salva.
Eu quero conhecer esse Jesus que tem me amado, entreguei-Lhe meu coração...
Busco primeiramente o Seu Reino, Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida é nisso que creio...
Tu és o meu Fenômeno!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Migalhas que alimentam!

Hoje é um dia muito precioso para mim, pois começo a escrever minhas primeiras linhas aqui. 

Criei este blog faz quase um ano e nunca havia escrito nele -  os motivos:  primeiro esqueci o e-mail e a senha de acesso e, segundo, é porque  surgem muitas dúvidas quando se tenta colocar em palavras sentimentos e emoções que são tão vívidos dentro de nós!  

Sempre imaginei o quanto seria bom se houvesse uma maneira de redigir nossos pensamentos logo que eles nascem; Ah como seria maravilhoso!... mas enquanto isso não acontece vou aproveitar esse espaço para unir duas paixões da minha vida: ler e escrever.
Ou seja, aqui escreverei sobre coisas que leio, sobre livros que sempre me alimentaram e continuam me alimentando, confesso que por um longo tempo foram essas migalhas que me fortaleceram nos momentos de dúvidas, angústias e  solidão.

O interessante é que sempre soube que eles (os livros)  não deveriam ser a única maneira e nem a mais correta  de ser alimentado, porém, entendi que às vezes, para não morrer de inanição é preciso comer as migalhas como se fosse um manjar.

Enfim...aqui estou para começar minha jornada, um caminhar entre as palavras e as emoções, expressar o que tenho visto, lido e ouvido e assim trazer luz ao que ainda vejo como sombras e espero sinceramente que possa ser um canal de bênçãos para aqueles que por aqui passarão.

É um prazer dividir esse espaço com você!!!