domingo, 17 de maio de 2015

Seguindo a Deus de Perto

Capítulo 1 - parte final

   Cada época tem suas  próprias características.  Neste exato instante  encontramo-nos em um período de grande complexidade religiosa. A simplicidade existente em Cristo raramente se acha entre nós. Em lugar disso, veem-se apenas programas, métodos, organizações e um mundo de atividades animadas, que ocupam tempo e atenção, mas que jamais podem satisfazer à fome da alma. A superficialidade de nossas experiências íntimas, a forma vazia de nossa adoração, e aquela servil imitação do mundo, que caracterizam nossos métodos promocionais, tudo testifica que nós, em nossos dias, conhecemos a Deus apenas imperfeitamente, e que raramente experimentamos a sua paz.
   Se desejamos encontrar a Deus em meio a todas as exteriorizações religiosas, primeiramente temos que resolver buscá-lo, e daí por diante prosseguir no caminho da simplicidade. 
   Não precisamos temer que, se visarmos tão-somente a comunhão com Deus, estejamos limitando nossa vida ou inibindo os impulsos naturais do coração. O oposto é que é verdade. Convém-nos perfeitamente fazer de Deus o nosso tudo, concentrando-nos nele, e sacrificando tudo por causa dele.
   O homem, cujo tesouro é o Senhor,  tem todas as coisas concentradas nele. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo  que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E  se acontecer de vê-los desaparecer,um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa - Deus - de maneira pura, legítima e eterna.

"Ó Deus, tenho provado da tua bondade, e se ela me satisfaz,
também aumenta minha sede de experimentar ainda mais.
Estou perfeitamente consciente de que necessito de mais graça.
Envergonho-mede não possuir uma fome maior. Ó Deus, ó Deus Trino,
quero buscar-Te mais; quero buscar apenas a  Ti; tenho sede de 
tornar-me mais sedento ainda. Mostra-me a Tua glória, rogo-Te,  
para  que assim possa conhecer-te  verdadeiramente. Por Tua 
misericórdia, começa em meu íntimo uma nova operação de amor.
Diz à minh'alma: "Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem" (Ct 2:10)
E  dá-me graça para que me levante e te siga,  saindo  deste vale escuro onde 
estou vagueando há  tanto tempo. Em nome de Jesus. Amém"


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