quinta-feira, 14 de maio de 2015

Seguindo Deus de Perto

Capítulo I - Parte II

   Deus é uma pessoa, e nas profundezas de sua poderosa natureza Ele pensa, deseja, tem gozo, sente, ama, quer, sofre, como qualquer outra pessoa. Em seu relacionamento conosco, ele se mantém fiel a esse padrão de comportamento da personalidade. Ele se comunica conosco por meio de nossa mente, vontade e emoções. O cerne da mensagem do Novo Testamento é a comunhão entre Deus e a alma remida, manifestada em um livre e constante intercâmbio de amor e pensamento.
   Esse intercâmbio, entre Deus e a alma, pode ser constatado pela percepção consciente do crente. É uma experiência pessoal, isto é, não vem através da igreja, como Corpo, mas precisa ser vivida por cada membro. Depois, em consequência dele, todo o Corpo será abençoado.
   Nós somos em miniatura, (excetuando os nossos pecados) aquilo que Deus é um forma infinita. Tendo sido feito à Sua imagem, temos dentro de nós a capacidade de conhecê-Lo. Enquanto em pecado, falta-nos tão somente o poder. Mas a partir do momento em que o Espírito nos revivifica, dando-nos uma vida regenerada, todo o nosso ser passa a gozar de afinidade com Deus, mostrando-se exultante e grato. Isso é nascer do Espírito sem o qual não podemos ver o Reino de Deus. Entretanto, isso não é o fim, mas apenas o começo, pois é a partir daí que o nosso coração inicia o glorioso caminho da busca, que consiste em penetrar nas infinitas riquezas de Deus.
   Encontrar-se com o Senhor, e mesmo assim continuar a buscá-Lo, é o paradoxo da alma que ama a Deus. É um sentimento desconhecido daqueles que se satisfazem com pouco, mas comprovado na experiência de alguns filhos de Deus que tem o coração abrasado.
   Moisés usou o fato de que conhecia a Deus como argumento para conhecê-Lo ainda melhor. "Agora, pois, se achei graça aos Teus olhos" (Ex 33:13). E partindo daí, fez um pedido ainda mais ousado: "Rogo-te que me mostres a tua glória" (Ex 33:18). Deus ficou verdadeiramente com essa demonstração de ardor, e, no dia seguinte, chamou Moisés ao monte, e ali, em solene cortejo, fez toda a sua glória passar diante dele.
   A vida de Davi foi uma contínua ânsia espiritual. Em todos os seus salmos ecoa o clamor de uma alma anelante, seguido pelo brado de regozijo daquele que é atendido. Paulo confessou que a mola-mestra de sua vida era o seu intenso desejo de conhecer a Cristo mais e mais. "Para o conhecer..." (Fp 3:10), era o objetivo de seu viver, e para alcançar isso, sacrificou todas as outras coisas. "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor: por amor do qual, perdi todas as cousas e as considero como  refugo, para ganhar a Cristo" (Fp 3:8)
                                                                                                                                           (continua...)

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