domingo, 25 de março de 2012

Cap. 2 - QUEM É MEU DEUS?

E então eu fui forçado a tentar explicar que estivera lendo o Novo Testamento e que não o compreendera muito bem. 
_ Naturalmente que você não o entende - disse ele -. Ele foi escrito a dois mil anos. E naturalmente não faz sentido nos dias de hoje.
Logo que pude pedir licença, me retirei e voltei para o meu quarto. Tudo estava errado. Apanhei a Bíblia, mas as palavras dançavam em volta da página. O meu rosto estava queimando.
Certamente que em algum lugar haveria alguém que me poderia ajudar. O apóstolo João encontrara-se com Jesus e desde então nunca mais fora a mesma pessoa. Todos os Evangelhos contavam a respeito de pessoas que foram mudadas por Jesus. Eu ansiava por essa mudança, também. Mas julgava que o meu Deus não se preocupava comigo o suficiente para fazer alguma coisa.
"Afinal de contas, quem é o meu Deus? Onde está Ele?" disse para mim mesmo.
Talvez se continuar lendo, possa encontrar a resposta, pensei.
E então me deparei com um versículo que me chocou, que fez com que sentisse a eletricidade tilintar dentro do meu corpo.
Sentei-me e o li novamente: "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido." Eu sabia a respeito da justiça de Deus de que ele me julgaria sob o ponto de vista das minhas impurezas - mas aqui estava um versículo dizendo que Jesus tinha vindo salvar o perdido. Eu sabia, imediatamente, de quem ele estava falando. Eu. Mas como é que Jesus iria me salvar? E de quê? Porventura iria ele fazer algum milagre?
Um versículo que eu era em Romanos começou a ter sentido: "Se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." E salvo era o oposto de perdido.
Isso é tudo? pensei. Somente crer? Eu não teria que fazer alguma coisa muito grande? não deveria viver uma vida perfeita? Essa fora a idéia que minha igreja me dera.
Pensei a respeito das coisas de que não gostava em mim mesmo. O meu gênio. Os maus pensamentos que às vezes surgiam em minha mente. Jesus poderia mudar essas coisas? 
Talvez. Ele fora capaz de transformar a água em vinho dois mil anos atrás. Mas o que isso poderia provar com  Bruce Olson? Pensei acerca daquelas pessoas, nos Evangelhos, que foram transformadas por Jesus. Mas o que é que elas tinham a ver comigo?
As horas passaram. Parece que não havia nenhuma solução para as minhas perguntas. 
Senti-me atraído a falar com Cristo. Deitei-me de bruços e conversei com Jesus. Foi uma conversa muito simples, mas  a primeira que realmente tive com ele.
"Oh Jesus", disse eu, "li como as pessoas que estavam em volta de ti foram transformadas. Agora eu desejo ser transformado. Quero paz e satisfação como Paulo, João e Tiago, e os outros discípulos. Quero ser libertado de todos os meus temores e ..."
Naquele instante sei uma Presença em meu quarto, como uma quietude. Eu era, ao mesmo tempo, pequeno e calmo, enorme e suspenso, cobrindo tudo.
"Senhor, estou sendo amedrontado por ti, tu sabes que eu até não gosto de mim mesmo. Tudo está tão atrapalhado por aqui. E também confuso comigo mesmo. Mas por favor, Deus, quero ser transformado. Eu mesmo não posso fazê-lo. E não compreendo como é que tu podes fazer alguma coisa dentro de mim. Mas, Jesus, se tu pudeste mudar todas aquelas pessoas que a Bíblia cita, acredito que podes mudar-me também. Por favor, Jesus, faze com que eu te conheça. Faze-me nova criatura.
E então eu sabia que estava sendo salvo. Senti-me como um miserável, alquebrado, e saturado de mim mesmo. Mas, ao mesmo tempo, sentia que uma paz me invadia. Não era algo passivo, sem vida. Tampouco uma espécie de silêncio acabando com a guerra que havia dentro de mim. Era algo bem vivo, e aquilo me estava dando vida. Sentia que ia acabar gostando de mim mesmo. E sentia que não desejava  que aquela paz acabasse, aquela quietude se afastasse.
Fiquei ali deitado em minha cama, sentindo-me preplexo, estarrecido até mesmo para me mover ou até mesmo para pensar. Continuei a conversar com Jesus sabendo que ele estava ali. Jesus era o meu Deus, o meu Deus pessoal. Eu acabara de conversar com Ele.

domingo, 18 de março de 2012

Cap. 2 - QUEM É MEU DEUS? (Cont.)

Lembrei-me de minha classe da Escola Dominical. Conhecia cada um dos alunos. Eu frequentava a igreja com todos eles, toda a minha vida. Eles nunca haviam mudado. Nenhum de nós jamais se transformara.
Sempre houvera muita conversa a respeito de transformação. O ministro nos dissera: "Vocês precisam mudar porque Deus vai amaldiçoar a terra e os seus pecadores. Vocês precisam ser santos, assim como Deus é santo. Isso é o que ele exige de vocês. Tendo pouco de sua perfeição, significa ter pouco de sua eternidade.
E essa maldição me amedrontava. Ás vezes, aos sábados, Kent ia à minha casa e conversávamos a respeito de histórias de terror e de filmes que havíamos visto. Tentávamos nos amedrontar mutuamente, e ríamos e dávamos risadinhas e escondíamos a cabeça embaixo dos travesseiros. Tínhamos prazer em amedrontar-nos. Mais cedo ou mais tarde, estávamos conversando a respeito do julgamento de Deus, sobre o fogo eterno e o céu sendo enrolado como um rolo. E então ficávamos bem quietos. Sabíamos que não era invenção de um diretor de cinema, ou de um escritor. Era algo verdadeiro. Esse fim viria.
Mamãe estava preparando o jantar lá na cozinha, quando cheguei em casa. Fui para o meu quarto e guardei os livros. Então tirei outros livros e os coloquei em minha cama. Tinha uma Bíblia em inglês, um Novo Testamento em grego, e alguns livros que me ajudavam a compreender grego.
Estiquei o corpo magricela na cama. Meus pés projetavam-se sobre os pés da cama. Meus livros formavam um círculo ao meu redor. Isso era o mais próximo do que se poderia chamar de um lar. Eu me sentia confortável no meio deles.
Li até ao entardecer. Minha mãe me chamou para jantar; desci para o círculo silencioso de minha família, ainda pensando sobre aquilo que acabara de ler.
Meu pai observara que eu não proferira palavra alguma.
_ Por que você não contribui com alguma coisa para o bem do resto da família? - perguntou ele. Ele falara com grande precisão.
_ Eu estava pensando a respeito de outra coisa, pai - disse eu.
_ E sobre o que estava pensando?
Olhei para minha mãe meio desamparado. Não desejava ser obrigado a falar.
_ Bruce - disse meu pai _ não olhe para sua mãe _. Sou eu quem está falando com você.
                                                                                                                              (Continua...)

sábado, 17 de março de 2012

Capítulo 2 - QUEM É MEU DEUS?

"Quem é meu Deus?" perguntei. Eu tinha catorze anos. "Quem é Ele?" Não havia ninguém para responder. Do outro lado do pátio do ginásio eu podia ouvir os ruídos surdos e os apitos dos que treinavam futebol. Pela centésima vez desejaram que eu fosse bastante forte nos esportes, a fim de ser convidado a jogar.
Porém, havia algo mais além dos esportes em minha mente... algo que me preocupava havia vários dias.
"Quem é meu Deus?" perguntei a mim mesmo, novamente. Há um Deus luterano, de quem nós falamos na igreja. Há o Deus de todas as igrejas cristãs, a respeito de quem nós estudamos na escola. Há o Deus do qual eu tenho lido na Bíblia. Porém qual deles é o meu Deus?"
Não recebi resposta alguma dos céus gelados de Minessota. Eu me dirigi para a casa.
Parece que ninguém sabia a resposta. No domingo anterior me enchera de coragem e perguntara ao meu professor. Ele sorrira, um sorriso muito grande e esquelético. _ Você não fez a sua profissão de fé?
Eu sabia tudo a respeito de como preparar-se para a profissão. Enquanto estudava para fazê-la, aprendera teologia. Mas eu queria conhecer Deus.
O meu pai gostaria que não pensasse mais naquilo. Eu não lhe perguntara pois sabia o que diria. Ele olharia para mim, com os seus olhos azuis cristalinos, e me diria que estava desperdiçando o seu tempo e o meu.
Talvez eu estivesse. Parece que não havia outro Deus qualquer senão o Deus feroz dos luteranos; eu sentia medo só em pensar nesse Deus.
Porque é que eu nasci? Eu sou tão alto e magro... tão míope... muito acanhado. Eu nem posso jogar futebol. Quando eles me passam a bola, e ela me atinge, todos riem de mim.
Por que é que eu tomava tudo isso tão seriamente? Era apenas um jogo. Quando eu chegar em casa, pensei, pegarei os meus livros. Então todos esses problemas serão esquecidos.
Eu gostava de arrumar os meus livros sobre a minha cama, colocando-os ao meu redor, de acordo com o idioma. Nas últimas duas noites estivera estudando grego, lendo a minha Bíblia. Eu possuía uma grande Bíblia de couro, lindamente encadernada, e muito bem impressa; eu gostava  de folheá-la. Havia vários anos eu vinha lendo a Bíblia, especialmente o Antigo Testamento. Agora que estava aprendendo grego, era muito interessante aprofundar-me no Novo Testamento.
Porém, por enquanto, o Antigo Testamento era o meu favorito. Estava encantado com as histórias, fascinado pelas batalhas. Às vezes, aos domingos à tarde, eu lia muitos capítulos seguidos.
O Novo Testamento parecia diferente. Durante duas noites eu estivera lendo o livro de João. Estava confuso com ele. Jesus não se parecia em nada com aquele que me fora descrito. Ou será que eu teria confundido Jesus com o Deus que eu temia? Por toda parte por onde Jesus andava, as pessoas eram mudadas por Ele - e sempre para melhor.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Cap. 1 - UM LAR NAS SELVAS (cont.)

_ Bobby - disse eu _, você agora é o líder de seu povo. É uma grande responsabilidade.
Ele sacudiu os ombros. _ Bem, não sou realmente. Há muitos outros homens capazes de tomar o meu lugar. E além disso, Bruchko, Jesus Cristo anda em nossos caminhos. Ele conhece os nossos caminhos e sabe quais as coisas de que precisamos. Enquanto nós não o enganarmos novamente, Ele será o nosso verdadeiro guia.
Concordei, sacudindo a cabeça afirmativamente.
_ Bruchko - disse Bobby _, você precisa ver as escolas. Elas estão superlotadas. A maior parte dos alunos já leu os livros que nós traduzimos e estão pedindo mais. Especialmente mais do Novo Testamento. conversam sobre as coisas que estão aprendendo como se estivessem discutindo uma caçada. Os mais velhos também. Precisamos nos pôr a trabalhar e traduzir mais para eles, senão não nos deixarão em paz.
A idéia de de ter mais traduções a fazer deixou-me bastante alegre. Uma coisa é certa, eu aprendera muita coisa sobre a Bíblia, fazendo esse trabalho. Lembrei-me da palavra Fé em motilone, a palavra que significava "atado a Deus", justamente como um motilone atava a sua rede nos caibros mais altos de seu lar coletivo. "Atados a" Jesus, podíamos descansar, dormir, e cantar bem acima do solo, sem temor de cair.
Estou tão feliz de estar de volta com você Bobby - disse eu -. Senti muita falta de você todo esse tempo que estive fora. Creio que simplesmente estou "atado aos motilones".
_ E nós estamos atados a você, Bruchko.
Olhei novamente para Bobby, que estava pilotando o barco e sorri. Como era estranho que estivesse nesse local, e que sentisse da maneira como me sentia, a respeito desse povo. Fora Deus que me trouxera até ali. Nunca teria chegado por mim mesmo. E mesmo que tivesse desejado, nunca teria alcançado e vencido todos os problemas, aguentado a  solidão e os perigos. Realmente, eu mesmo nunca teria deixado o meu lar em Minneapolis, se não tivesse tido sua Presença poderosa e determinante dentro de mim.
Mais tarde, pensei naquelas palavras, "Por esta cruz eu te matarei". Elas eram ameaçadoras, geladas. Eram simplesmente uma praga ou uma maldição, uma ameaça, ou elas significavam muito mais? Eram proféticas de algo que a cruz ainda faria por nós?
Fora pela cruz que eu amara os motilones e como recompensa era amado por eles. Mas era também pela cruz que eu haveria de morrer? Era também pela cruz que Bobby haveria de morrer?

quinta-feira, 15 de março de 2012

Cap. 1 - UM LAR NAS SELVAS (cont.)

Eu estava tremendo. _ Bobby, ele o fará. Ele vai matar você. Eu sinto que ele está falando a verdade.
_ Você está certo, Bruchko.
_ E o que é que poderemos fazer a esse esse respeito?
Ayaboquina, Bobby e eu pensamos em algumas precauções de segurança.
Mas Bruchko - disse Bobby - , não há nenhuma segurança perfeita nessas medidas. Somente Deus é que nos pode ajudar.
E então, nós três curvamos as nossas cabeças e juntos falamos com Deus. Enquanto fazíamos, o meu temor foi substituído pela alegria _ que me invadira quando pela primeira vez vira Bobby naquela manhã. Ela se espalhara pela minha alma, indo até o meu estômago. No entanto, não era a mesma alegria. Era muito mais profunda, como se a dor e o perigo e o temor tivessem sido injetados nela, tornando-a muito mais profunda e sensível.
Quanta coisa havia acontecido naquelas poucas horas desde que meu avião sobrevoara a cidade de Rio de Ouro, para poder aterrizar.
Lembrei-me, então, que justamente a dez anos antes, não havia casa alguma, senão árvores frondosas, bloqueando o sol, e a folhagem densa sob elas. Talvez um papagaio tivesse gritado comigo. Agora, no mesmo lugar, havia uma pequena cidade.
Um jato de alegria se apoderou de mim, não por causa da cidade, mas porque estava voltando dos Estados Unidos e logo estaria junto com Bobby, o meu irmão de pacto. Grudei os olhos à janela, tentando ver adiante do avião, e as minhas emoções cresciam de meu estômago para as minhas costas, num arrepio.
À medida que o velho e gasto DC-3 perdia altura, as árvores estavam tão perto do corpo do avião que davam a impressão de que certamente as rodas as tocariam. Mas, repentinamente houve uma abertura na folhagem, e estávamos sobre uma clareira - uma longa pista estreita, cortada nas selvas.
Enquanto éramos levados até o fim da pista, os meus olhos buscaram a Bobby entre as pessoas que estavam ali. Não podia vê-lo. Mas, ao descer a rampa, eu o vi, um pouco afastado; o seu rosto era mais escuro do que  o das outras pessoas que estavam aguardando a chegada do avião, mas mesmo assim, lá da rampa, podia ver os seus dentes brancos cintilando. Era um sorriso que dizia: "Você voltou novamente, Bruchko, e como isso é bom." Ele nunca usava o meu nome norte americano, Bruce.
Bobby conversou sobre a sua família. Ele estava tão feliz quanto eu podia me lembrar de vê-lo assim. Os seus olhos escuros estavam brilhando. Eu me preocupara com ele depois que sua filha falecera, porque durante algumas semanas ficara amuado, não se comunicando. agora, parecia que não podia parar de sorrir.
Depois de apanharmos a bagagem, decidimos comer algo. Eu não comera coisa alguma no avião, e Bobby riu da maneira como me fartava das guloseimas colombianas.
_ Você terá um estômago bem cheio daqui em diante, Bruchko - disse ele.
Eu sabia o que ele queria dizer... Porque, para um motilone, ter um estômago repleto, quer dizer que não iria querer mais alimento. Significa contentamento, satisfação com a vida, alegria. Ele expressara muito bem a maneira como me sentia.
(Continua...)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Capítulo 1 - UM LAR NAS SELVAS

Bobby e eu encontramos Ayaboquina, um chefe índio dos motilones, sozinho lá na clareira nas selvas, no topo do penhasco. Enquanto conversávamos com Ayaboquina a respeito do progresso que os índios estavam fazendo, ouvimos o barulho de um barco a motor no rio, logo abaixo. Estava muito junto à margem para que pudéssemos vê-lo, mas pudemos ouvir quando ancorou.
_ Boa tarde - disse asperamente em espanhol.
Estava sem fôlego e esperou impacientemente enquanto eu continuava conversando com Ayaboquina. Vi, pelo rabo dos olhos, que era Humberto Abril, um dos foragidos que se haviam estabelecido naquela área. Eu sabia que ele tinha um mau gênio e que havia ameaçado os motilones. Agora, obviamente, estava enfurecido.
Quando terminei a minha conversa com Ayaboquina, repondi: _ Boa tarde, Humberto.
Ele suava profusamente, e gotas enormes de suor caíam de seu rosto encovado, o qual estava contorcido de tal forma que me deixava apreensivo.
_ Eu vim aqui para dizer-lhes que saiam dessa terra - disse ele. _ Esta terra é minha. Eu sou um colono colombiano. Tenho o direito de exigir terra para colonizar, e estou exigindo estas terras. Vocês podem sair!
Falava comigo, mas Bobby interrompeu.
_ Eu tenho algo a dizer _ Ele falava lenta e calmamente, porém com grande ênfase. _ Esta terra é nossa. Sempre foi nossa terra. E sempre será a nossa terra. Nós já cedemos uma parte de nossas terras a você, de acordo com a sua exigência, e o que foi que você fez? Você as vendeu, e agora está exigindo mais ainda. Mas nós não daremos mais nada. Nós protegeremos aquilo que é nosso.
Humberto pegou Bobby pelos ombros e gritou:
_ Estas são minhas terras. Elas são minhas. Todo mundo pode sair delas _. Depois, então, soltou Bobby e ficou ali tremendo.
O medo começou a percorrer-me a espinha, como gelo. Mas Bobby estava seguro de si mesmo.
_ Você se engana. Estas terras não lhe pertencem. Elas não lhe pertencerão _ disse ele calmamente.
_ Cale a boca! _ gritou Humberto. _ Cale a boca, índio sujo. Cale a boca!
_ Por Deus  - disse ele, beijando nos dedos e cuspindo no chão. _ Por todos os santos - e cuspiu novamente, balançando a cabeça tão violentamente, que mais parecia um espasmo do que um movimento consciente. _ Em nome da Virgem Mãe _. Pela terceira vez ele cuspiu. _ E  por essa cruz _. Ele tornou a cuspir, e então, olhando diretamente para nós, levou o seu polegar e indicador à boca e os beijou. A sua voz se tornou gutural: _ Eu te matarei!
E então Ele gritou: _ "Juro por esta cruz que eu te matarei!"

(Continua...)